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A Cidade à Beira da Eternidade – Jornada nas Estrelas

A Cidade à Beira da Eternidade – Jornada nas Estrelas

A Cidade à Beira da Eternidade

(The City on the Edge of Forever)

O que faz “A Cidade à Beira da Eternidade” ser tratada como a jóia da coroa de Jornada nas Estrelas? Estranhos mundos novos, novas vidas e novas civilizações são exatamente o que esperamos do universo esperançoso criado por Gene Roddenbery. Com sua visão humanista a tripulação da Enterprise encontra cenários que lhes obrigam a responder questões morais, filosóficas, sociais e éticas que refletem nosso mundo real. Jornada nas Estrelas inspira os espectadores a serem melhores e a enfrentar questões complexas, enquanto estes elementos e suas aplicações continuam evoluindo por décadas.

Embora esta seja uma das mais importantes séries de Ficção Científica de todos os tempos, com uma quantidade enorme de excelentes episódios amados por todos, e ainda assim, Cidade se mantém lá no topo. Porque?

A Cidade à Beira da Eternidade

Vamos olhar mais de perto:

Jornada nas Estrelas, sempre nos apresentou um “futuro melhor”, otimista, onde a humanidade deixou para trás nossos conflitos internos, abraçamos nossas diferenças e partimos para o espaço. Este otimismo todo é difícil de imaginar aliado ao pessimismo do aclamado e premiado escritor de ficção científica, e possuidor da língua mais cortante de todas, Harlan Ellison. Talvez seja justamente isso que fez com que este episódio se levantasse acima dos outros.

Roddenberry sempre pensou em Ellison para escrever os roteiros de sua nova série, inclusive o convidando para assistir uma das primeiras exibições privadas do episódio piloto.

Baseado no roteiro de Ellison, o episódio de 1967 apareceu na primeira temporada de Jornada nas Estrelas. Ganhou um prêmio Hugo e é regularmente creditado como o melhor episódio de Star Trek; ou ainda quiçá, de qualquer série de Jornada.

Elisson não ficou feliz com o resultado final, nem com os tratamentos que o roteiro recebeu após ele entregar para os produtores, como era de costume. Elisson foi conhecido por ser uma pessoa difícil de trabalhar, e também por sempre defender ferozmente os direitos dos escritores. Mas talvez as mudanças não tenham sido para o mal, e realmente acredito termos recebido a melhor versão da história. Pelo menos uma que se encaixa melhor com o clima que conhecemos da série. Mais sobre isso daqui a pouco.

Acredito que foi justamente com a força da escrita de D.C. Fontana, que fez com que Edith Keeler crescesse como personagem e ganhasse o poder que vemos na tela. O universo de Gene, o cenário de duras escolhas de Harlan e a habilidade inquestionável de Dorothy em escrever mulheres fortes; todos Elementos imbuídos em Cidade, que faz uma visão de Ficção Científica poderosa e duradoura.

Todos estes temas, nos são apresentados vibrantemente no decorrer de suas três temporadas da Série Original, pelo Capitão James T. Kirk, pelo Comandante Spock e pelo Doutor Leonard McCoy, sempre acompanhados de icônicos personagens para explorar a galáxia em sua missão de cinco anos, definindo Jornada nas Estrelas em numerosas aventuras que abriram portas para novas futuras séries.

Edith Keeler deve Morrer!

a cidade á beira da eternidade

A grandiosidade do episódio baseia-se principalmente no discreto romance entre James Kirk (William Shatner) e Edith Keeler (Joan Collins), um romance dado o prazer melodramático, trágico pelo dilema moral no ponto crucial da história. Edith Keeler é uma boa pessoa, daquelas que não encontramos falhas. Dirige uma entidade assistencial para os pobres; cuida dos doentes e angustiados. Ela acredita num futuro melhor, ela é uma pacifista. Sua bondade é tamanha, que faz Kirk se apaixonar, e justamente esta bondade que vai destruir o mundo.

Com a viagem de McCoy ao passado possibilitando que Keeler viva, com o desenvolvimento da Segunda Guerra, ela seria uma grande líder de um movimento pacifista, que impediria a entrada dos Estados Unidos na Guerra, dando vantagem ao Eixo e mudando o rumo conhecido da história. Viu como estar 30 anos a frente se seu tempo pode ser um problema?

Cidade no melhor estilo de Jornada nas Estrelas, associa o futuro à paz. Keeler não é apenas gentil; ela é uma visionária, como o próprio Roddenberry. Ela tem certeza de que as pessoas alcançarão a lua e as estrelas algum dia. Keeler carrega em si, todas as ideologias que Jornada nas Estrelas sempre expôs, mas nunca falou de forma tão clara. Ainda mais, seu compromisso com a paz também é apresentado como o caminho certo. “Ela estava certa. A paz era o caminho”, declara Kirk. Spock responde com seriedade: “Ela estava certa. Mas na hora errada”.

Aqui devemos fazer uma pausa. Ao Spock dizer a Kirk que “Edith Keeler deve Morrer” [Edith Keeler must die!], estamos assumindo que temos plena certeza de qual o futuro dela. Spock está agindo aqui, da mesma maneira que uma grande quantidade da nossa população agiria, caso pudesse “voltar no tempo e matar o Adolfinho.” Quando temos um bebe aleatório, nós não sabemos qual é o futuro dele, logo matar um bebe, é uma ação horrível. Mas, se por um acaso, nós soubermos com total certeza, que este bebe poderá se tornar um grande monstro genocida, ai parece que estamos tranquilos em relação ao infanticídio.

É claro que esta não é uma questão difícil! Suponha que voltar no tempo e simplesmente eliminar Hitler, e que o único efeito disso é que o Partido Nazista carecer de um líder carismático e nunca assumir o poder na Alemanha, e a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto são evitados e nada pior que a Segunda Guerra Mundial transparece nessa realidade alternativa, e não há consequências negativas não intencionais da viagem no tempo. Então a questão é reduzida a: “É ético matar uma pessoa para salvar mais de 40 milhões de pessoas?” Isso é bem fácil. Você não precisa ser um utilitarista obstinado como o Sr. Spock para pensar que um bebê é um preço aceitável a pagar para salvar dezenas de milhões de vidas.

A questão de Hitler, no entanto, assim como a de Keeler, é dramática porque coloca você em uma posição em que você sabe mais. A história é que você pode ver o que vai acontecer. A questão então não é “você deveria matar um bebê para salvar milhões?” Em vez disso, a questão é: Se você conhece o futuro, se consegue ver os resultados possíveis com mais clareza do que qualquer outra pessoa, está livre dos limites convencionais da moralidade?

Em ambos os casos, nós “sabemos” o futuro dos dois, mas sem entrar em viagem no tempo, vamos tentar simular este ambiente. Pegue por exemplo uma pessoa tem um conhecimento que pode salvar a vida de muitas pessoas, seja um terrorista que colocou uma bomba e somente ele tem o conhecimento para desarmá-la; ou o possuidor da cura para uma doença que não quer dividir o conhecimento com a humanidade. Se nos tivermos a possibilidade de torturá-lo para que este conhecimento salve vidas, deveríamos fazê-lo? Nós temos inquestionável certeza que o conhecimento salvará muitas vidas. Neste cenário é praticamente seguro assumir que a tortura seria justificada, não tanto pela moralidade, mas pela presciência. Quando você tudo sabe, tudo é permitido.

Este saber “saber sobre o futuro” não existe apenas em narrativas fantasiosas, ou exercícios filosóficos. É a base para a justificação da guerra no mundo real também. Durante a Guerra do Iraque, o principal argumento americano para a invasão foi que Saddam Hussein estava desenvolvendo armas de destruição em massa. Nós “sabíamos o futuro”, portanto “sabíamos” que ele tinha que ser parado. Exceto em retrospecto, nós não conhecíamos o futuro e ao fingir que conhecíamos, centenas de milhares de pessoas desnecessariamente foram mortas. Esta é exatamente a lógica post-hoc usada para justificar Hiroshima. Se os Estados Unidos não jogassem a bomba, mais soldados deles teriam morrido – com certeza, sem dúvida nenhuma – do que civis japoneses foram mortos.

E para podermos fechar o círculo com o próprio Hitler, que sua “Solução Final”, estava enraizada em uma previsão do futuro. Hitler acreditava que os judeus tinham traído a Alemanha na Primeira Guerra Mundial. Ele também achava que os judeus estavam conspirando para dominar o mundo e destruir a Alemanha e o povo ariano. Espelhando os lados, para Hitler, o Holocausto era basicamente uma chance de “matar o Adolfinho”. Hitler “conhecia o futuro” e conhecia as atrocidades que os “bandidos” cometiam. Então ele tomou medidas para matá-los primeiro. Perfeitamente lógico, se você acha que é onisciente.

Curioso como a violência é quase sempre pode ser justificada com base em um futuro supostamente conhecido. Você deve recorrer às armas agora, caso contrário mais mortes virão mais tarde.

Segundo Spock, a segunda guerra deveria ter acontecido da maneira que aconteceu, ou um resultado muito pior estaria por vir. Mas não existiria outro caminho? Seria este um dos Kobaiashi Maru que Kirk teve que enfrentar na vida, e este seria o único cenário de vitória possível? Futuramente Kirk voltará no tempo mais uma vez, e retornará ao século 23 com uma tripulante do passado. Pontos para serem debatidos em outra oportunidade talvez.

Enquanto temos histórias onde a morte de Adolfinho, acaba por gerar um futuro ainda mais cruel, aqui é a morte de uma pacifista que permite o Holocausto, mas impede um futuro ainda pior.

Demos esta volta toda, porque as vezes para entendermos o que está dentro de nós mesmos, nós precisamos entender o que é o nosso oposto, e nos fazer uma simples pergunta: Quem é o homem no espelho?

Teoria – Universo Espelho

O “Universo Espelho” é um nome informal para um universo paralelo amplamente registrado como sendo primeiramente visitado por James T. Kirk e vários oficiais da USS Enterprise em 2267, no episódio “O Reflexo no Espelho”[Mirror, Mirror]. Como ainda não temos certeza que Discovery se passa no Universo Prime, vamos deixá-la de lado por enquanto.

Essa realidade alternativa coexiste com o universo principal no mesmo espaço, mas em outro plano dimensional. O universo espelho recebeu esse nome porque a maioria dos lugares, naves e pessoas que existiam no universo regular também existiam ali, embora muitas vezes como a antítese de suas características no universo principal, com numerosos aspectos bons malignos e vice-versa, “espelhados”.

Com a chegada de McCoy ao passado, prevenindo que Edith Keeler morresse, cria-se uma nova linha temporal a partir deste ponto. Tudo antes se mantém igual, mas com a vida de Keeler preservada, através de seus movimentos pacifistas, ela atrasa a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra, permitindo que o Eixo criasse a Bomba Atônica primeiro e vencesse a guerra. Temos aqui um paralelo com “O Homem do Castelo Alto” [The Man on the Hight Castle] de Phillip K. Dick, que também foi adaptado para série de televisão.

Como aqui tudo é “espelhado” o mundo bom abre lugar para o mundo ruim, onde a Alemanha Nazista prospera e segue com seu projeto de dominação global, criando um “Império Terrestre” [Terran Empire].

O Pouso Lunar do Império Terráqueo usa um traje quase idêntico ao traje espacial da Era Enterprise. É possível que o pouso na lua tenha ocorrido muito mais tarde na linha do tempo do espelho. Ou talvez as aterrissagens originais da lua tenham ocorrido, mas depois da ascensão do Império Terráqueo, eles decidiram voltar para a lua. Isso pode ser visto como uma jogada de RP, mostrando que o império terráqueo pode trazer de volta a antiga glória do que o mundo já foi. Isso pode ser especialmente bom para eles após os efeitos da Terceira Guerra Mundial (presumindo que tal evento tenha ocorrido no universo espelho, apenas com o Império Terráqueo como uma facção vencedora).

Diferenças de Roteiro

No roteiro de Ellison, não é McCoy, mas um criminoso chamado Beckwith, que volta no tempo e muda a história. Kirk e Spock voltam para encontrá-lo, conhecem Edith, Kirk e Edith se apaixonam, Spock descobre que Keeler terá que morrer para restaurar a linha do tempo. Mas Kirk não quer que ela morra. Spock insiste, a ponto de manter um phaser preparado em todos os momentos para garantir que ela morra no momento apropriado.

No final do roteiro, Edith está atravessando a rua no caminho de um enorme caminhão, quando Beckwith, o criminoso, passa por ali. Ele pula na estrada para tirá-la do caminho. (Porque mesmo que ele seja um criminoso e um assassino, ainda há uma parte dele que é um cara decente. Isso faz parte da espinha dorsal temática do roteiro.) Kirk vê o que está acontecendo, tenta parar Beckwith, mas ele não pode desistir de seu amor, mesmo pelo universo.

Mas Spock pode! E, agarrando Beckwith e deixando Keeler morrer. Eles voltam ao seu tempo, Kirk reconhece que Spock fez a coisa certa, mesmo que ele esteja magoado e irritado por causa disso por muito tempo, e Spock diz que Edith deveria ficar lisonjeada, porque nenhuma mulher lhe teve o universo oferecido por amor.

A CIDADE À BEIRA DA ETERNIDADE

Praticamente a história é a mesma, com duas mudanças mais marcantes. Primeiro que não poderíamos ter um traficante de drogas a bordo da Enterprise. No futuro, já sobrepujamos todos os vícios. Como Roddenberry sempre deixou claro. Como curiosidade, existia uma placa de “proibido fumar” na Enterprise no set de filmagem de “Jornada nas Estrelas: O Filme”, Gene usou este mesmo argumento para retirar a placa. Logo, um traficante não se enquadraria no universo de Jornada nas Estrelas, mas se enquadraria perfeitamente no universo de Ellison

Outro detalhe é: Aqui é Kirk que toma a escolha difícil, e deixa Edith morrer, quando impede McCoy de salvá-la do atropelamento. Enquanto entendo a posição de Elisson, e em partes concordo, ainda sinto que foi uma escolha certa. A cena de Kirk tomando a decisão de segurar McCoy, e depois se recusar a olhar para o resultado é fortíssima.

Não acredito que teríamos uma cena tão poderosa caso fosse Spock que tomasse a decisão final. E só não é esta a cena mais forte de todo o episódio, porque ele ainda não acabou…

Última Frase

A última frase de Kirk no episódio “Vamos dar o fora daqui” em inglês “Let´s get the hell out of here” causou problemas para a equipe, já que a rede não queria que a palavra “hell” (inferno) aparecesse nos episódios de televisão. A frase não estava no roteiro; foi um daqueles momentos onde a sensibilidade do ator supera tudo que foi escrito até então. Tanto Shatner quanto Roddenberry lutaram para que a fala permanecesse, com Roddenberry alegando à NBC que nenhuma outra palavra seria adequada para ser usada. Os executivos do estúdio concordaram que poderia ser deixado de lado, e foi uma das primeiras ocasiões em que a palavra “inferno” foi usada como um palavrão na televisão.

Eu acho que é um dos momentos mais poderosos de toda a série.

Essa é a cena a que eu sempre me refiro quando alguém começa a falar mal de Shatner como ator. É claro que ele teve alguns momentos de “overacting” durante Jornada, e que eu acho mais válido atribuir ao estilo da televisão dos anos 1960, para começar… mas essa cena é imortal para mim.

Shatner vestiu aquele olhar de uma tonelada de dor e de vazio com maestria. Aqui Kirk é um homem quebrado, nada como o estereótipo “machista chauvinista que corre atrás de todas as mulheres verdes” que todo mundo gosta de atribuir ao personagem. Aqui Kirk perdeu a mulher que amou. “A única mulher que ele amou”, argumentarão alguns; mas isso também é um papo para uma outra ocasião.

A única coisa que eu teria feito diferente para encerrar este episódio é não ter nenhuma música final. Jornada nas Estrelas, foi uma série tão inovadora que tenho certeza de que os produtores, tendo permitido que Kirk dissesse “inferno” no horário nobre, teriam apreciado a gravidade de assistir nossos heróis desaparecerem na névoa brilhante do transportador – a expressão de dor de Kirk desaparecendo no nada. Os créditos entram, seguidos apenas o uivo sombrio de um vento alienígena.

Outras versões

Livro do Ellison

Em 1996, Ellison lançou seu roteiro original, em um livro, onde conta toda a sua versão da história, e como ele se sentiu enganano por Roddenberry e pela produção de um modo geral. Existem alguns vídeos facilmente encontrados pela internet onde podemos ver Ellison falando sobre o caso também, tirando sarro do Donut que colocaram como “Guardião da Eternidade”. Em sua visão, eram duas cidades espelhadas, uma a beira da outra, as duas a beira da eternidade.

Como tudo escrito por Ellison, eu recomento fortemente, mesmo que seja só para vê-lo reclamando da vida. Ele era uma pessoa que sabia reclamar! Vale a pena.

Gibis

Em 2014, após o lançamento do roteiro original de Ellison, a IDW que é responsável por todos os gibis de Jornada nas Estrelas lançados, lançou uma edição em quadrinhos do roteiro, onde podemos ver mais fielmente o que passava na mente de Ellison quando escreveu o episódio. Em breve teremos a análise deste gibi aqui no site.

Outras referências e pensamentos futuros

“The Minotity Report”

The Minority Report” é um conto de ficção científica de 1956 do escritor norte-americano Philip K. Dick, publicado pela primeira vez no Fantastic Universe, que mais tarde se tornaria inspiração para o filme de mesmo nome dirigido pro Steven Spielberg, e Tom Cruise no papel principal. Em uma sociedade futura, três mutantes prevêem todos os crimes antes que ocorram. Conectados a uma grande máquina, esses “precogs” permitem que a Divisão Precrime prenda os suspeitos antes de qualquer inflicção de danos públicos. Quando o chefe do Precrime, John A. Anderton, é acusado de assassinar Leopold Kaplan, um homem que ele nunca conheceu, Anderton está convencido de que existe uma grande conspiração.

A história reflete muitas das ansiedades pessoais de Philip K. Dick durante a Guerra Fria, particularmente questionando a relação entre autoritarismo e autonomia individual. Como muitas histórias que tratam do conhecimento de eventos futuros, “The Minority Report” questiona a existência do livre-arbítrio.

“Passing Through Gethsemane”

Quarto episódio da Terceira Temporada de Babylon 5. Escrito por J. Michael Straczynski e dirigido por Adam Nimoy, filho do Sr. Spock em pessoa Leonard Nimoy. Um dos melhores episódios de Babylon 5! Não quero estragar este episódio, só assista!

“Cradle of Darkness”

O quinto episódio de Além da Imaginação (2002) [The Twilight Zone]. Uma mulher volta no tempo ao nascimento de Hitler e tenta interferir para que a Segunda Guerra Mundial nunca aconteça. Ela tem sucesso, mas a mãe de Hitler adota outro bebê e o cria como Adolf, que cresce para liderar o Partido Nazista, iniciar a Segunda Guerra Mundial, realizar o Holocausto, etc.

“Making History”

Um estudante de história chamado Michael Young volta no tempo e torna o pai de Hitler infértil. No entanto, o Partido Nazista ainda toma o poder, sob um líder que era ainda mais eficaz do que Hitler, chamado Rudolf Gloder que, sem as falhas pessoais de Hitler, consegue adquirir armas nucleares, destruir Moscou e São Petersburgo, conquistar quase toda a Europa permanentemente, exterminar a população judaica do continente, e continuar uma guerra fria com os EUA indefinidamente.


Veja aqui nossa discussão a respeito deste maravilhoso episódio:

Ficha Técnica

Jornada nas Estrelas [Star Trek] – TOS S01E27
A Cidade à Beira da Eternidade [The City on the Edge of Forever]
Direção: Joseph Pevney
Roteiro: Harlan Ellison
Lançamento: 06 de Abril de 1967

A Cidade à Beira da Eternidade [The City on the Edge of Forever]
  • Direção
  • Roteiro
  • Diversão
  • Influência Histórica
4.5

Deveria ter sido o Episódio Final da Primeira Temporada!

Este é tido por muitos como “o melhor episódio de Jornada nas Estrelas“, e não é sem motivo. Um roteiro sólido e surpreendente nas mãos de uma direção forte e emotiva tornam “Cidade” um clássico imediato!

Se a ordem de exibição tivesse sido invertida com “Operação: Aniquilar!” [Operation: Annihilate!], a Primeira Temporada de Jornada nas Estrelas teria o melhor final de temporada de todos os tempos!

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O Fator Alternativo [The Alternative Factor]

Newton Uzeda

Newton Uzeda, o Terceiro de seu Nome, Viajante de muitos Mundos, Sonhador de Fantasia, Leitor de Sci-fi, o Desafiador da Máquina, o Colecionador de Mundos, o "Último dos Renascentistas", Guardião de Histórias e o Questionador de Autoridades.

1 comentário em “A Cidade à Beira da Eternidade – Jornada nas Estrelas

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